Ecoponto azul

Porque foram levantadas suspeições sobre a legitimidade ou a genuinidade de uma fotografia reproduzida num “post” do Apartado 53, aqui ficam as provas não apenas das ditas genuinidade e legitimidade da imagem como também das constatações e das conclusões que a mesma suscita, a começar pela respectiva legenda, que redigi e publiquei assim: O Ministro da Administração Interna (do governo português). Na posição protocolar correspondente à bandeira da União Europeia, e em vez desta, o que lá está e aparece na imagem é a bandeira da República Federativa do Brasil, ao lado da do 28.º Estado.

Fica de igual modo comprovada a fidedignidade da fonte, ou seja, da pessoa que originalmente me enviou aquele conteúdo, aliás, na sequência de outros, igualmente interessantes e do mesmo modo resultando da sua extraordinária acuidade nesta matéria. De facto, Paulo Martins tem já bastas provas dadas, em termos de militância nesta Causa que é de todos os portugueses.

Pela parte que me toca, não encararei de forma alguma insinuações como sendo insultos pessoais; este lamentável incidente não é mais do que ossos do “ofício”. Felizmente raros, aliás, porque a reputação ainda vale alguma coisa. Como se costuma dizer, que venha o primeiro…

Imagem recebida por mensagem e publicada no post “A língua dos “servidores tugas
Revista “Sábado” n.º 1000, 29.06.23–05.07.23, página 54
Revista “Sábado” n.º 1000, 29.06.23–05.07.23, página 54

Nota final: escusado será dizer que a revista foi comprada exclusivamente para compor esta espécie de “direito de resposta”; depois de arrancada e arquivada a folha que interessa, apenas como reserva “palpável”, o magazine acordista (bem como o livro em brasileirês que a edição incluiu) vai directamente para o ecoponto azul; poderá talvez suceder que a reciclagem faça o favor de transformar aquela porcaria em, por exemplo, papel higiénico. Isso sempre será menos desagradável do que usar a própria revista para os mesmos fins. Aliás, as mesmíssimas preocupações de carácter “ecológico” devem presidir também ao destino a dar a este fedorento assunto: reciclagem. Assim como quem acciona um autoclismo mental privativo — e privado, dentro do que é possível.

© Ivo Pereira/Global Imagens “Dinheiro Vivo

A língua dos “servidores” tugas

O Ministro da Administração Interna (do governo português). Na posição protocolar correspondente à bandeira da União Europeia, e em vez desta, o que lá está e aparece na imagem é a bandeira da República Federativa do Brasil, ao lado da do 28.º Estado.

A importância da ortografia em língua portuguesa

A importância da ortografia em língua portuguesa

A ortografia, como um sistema de regras e convenções, desempenha um papel crucial na representação escrita das palavras em uma língua específica. Nesse sentido, ao estudar a ortografia, os linguistas buscam compreender as convenções e padrões que governam a relação entre a linguagem oral e escrita.

A ortografia está intrinsecamente ligada à correspondência entre os sons da fala e os símbolos gráficos que os representam. Dessa forma, a ortografia está relacionada à fonologia, à morfologia e à estrutura das palavras de uma determinada língua.

A relevância da ortografia na linguística também se estende ao desenvolvimento da alfabetização e da aquisição da linguagem. A ortografia correta é fundamental para o desenvolvimento da competência de leitura e escrita em crianças e adultos. Ela permite que as palavras sejam escritas de forma uniforme e compreensível para todos os falantes, contribuindo para uma comunicação clara e precisa.

[imagem]
Países de língua portuguesa firmaram acordo para padronizar a ortografia da língua. Imagem: Grupo Escolar

Padronização da língua

Além de todos os aspectos mencionados acima, a ortografia desempenha um papel importante na padronização da língua. Ela estabelece um padrão comum que possibilita a compreensão entre falantes de diferentes regiões ou países que utilizam a língua. Isso é especialmente relevante considerando as variações regionais existentes, nas quais a pronúncia pode variar, mas a ortografia permanece como uma referência consistente.

Outro aspecto relevante é que a ortografia é uma ferramenta que permite a preservação da língua ao longo do tempo. Portanto, ela assegura que as palavras sejam registradas de forma consistente, funcionando como uma “memória escrita” que garante a compreensão das gerações futuras. Através da ortografia, a língua mantém a sua identidade e sua evolução histórica.

No âmbito prático, a ortografia possui implicações educacionais e profissionais. O domínio correto da escrita é fundamental em diversas situações, como provas, exames, redações acadêmicas, relatórios e correspondências profissionais. A habilidade de escrever corretamente é considerada um indicador de competência linguística e pode influenciar na avaliação e percepção do indivíduo.

Como melhorar a sua ortografia?

É importante ressaltar que a ortografia não é uma barreira rígida e inflexível. Como as línguas naturais estão em constante evolução, as regras ortográficas também podem passar por mudanças ao longo do tempo. Um exemplo disso é o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que introduziu modificações nas regras ortográficas utilizadas em países lusófonos.

Para aprimorar a ortografia, é necessário dedicar tempo ao estudo e prática das regras ortográficas. Pratique regularmente a escrita, seja por meio de redações, pequenos textos ou mesmo mensagens escritas. Ao colocar em prática o que você aprendeu sobre ortografia, estará reforçando seu conhecimento e identificando possíveis erros.

Além das regras de grafia, dedique-se também ao estudo da acentuação e pontuação. Domine as regras de uso dos acentos, como acento agudo, circunflexo, til e grave, bem como as normas de pontuação, incluindo vírgula, ponto, ponto e vírgula e outros sinais.

Consulte dicionários, manuais de redação e guias de ortografia pode ser de grande auxílio para esclarecer dúvidas e aprofundar o conhecimento. Além disso, cultivar o hábito da leitura é fundamental, pois proporciona um contato constante com palavras corretamente escritas e contribui para o desenvolvimento da familiaridade com a ortografia adequada. Quando possível, peça a alguém para revisar os seus textos e fornecer feedback sobre a ortografia, pois outra pessoa pode identificar erros que você possa ter deixado passar.

Caso você ainda esteja em período escolar, pode recorrer ao seu professor ou professora de Língua Portuguesa. Há também plataformas e aplicativos que fornecem esse tipo de feedback.

[Transcrição integral. Destaques, sublinhados e “links” (a verde) meus.
A cacografia brasileira do original não foi corrigida automaticamente.]

Valerá a pena chamar a atenção para o tom chocantemente infantil do texto transcrito? Aquilo é material oficial, note-se, destinado aos funcionários públicos (“servidores”, em língua brasileira), com a finalidade de orientar os candidatos a vagas na Administração federal (e nos departamentos estaduais?).

Bem, talvez não valha mesmo a pena perder tempo (e feitio) com semelhante miséria.

Será, no entanto, curial assinalar o tom descaradamente imperialista do “discurso” — todo ele, de cabo a rabo, fundamentado em premissas pseudo-técnicas ao nível de qualquer cábula com o diploma da antiga 4.ª Classe no Portugal anterior a Veiga Simão.

Dispensam-se perfeitamente, de tal forma básico (e evidente) é o arrazoado do texto, quaisquer citações de linguistas ou da inúmera documentação atinente às relações epistemológicas entre ortografia e fonética — as quais, unanimamente, pouco ou nada têm a ver uma com a outra; a ortografia, por mais que a língua brasileira não passe de uma espécie de transcrição fonética mas… sem símbolos. Pretendem eles utilizar o alfabeto comum para o mesmo efeito; porém, evidentemente, o resultado não é mais do que uma caótica macaqueação do “fálá” brasileiro.

Note-se, por exemplo, a representação fonética do “som d africado”. Só existe em Brasileiro. E em Portugal, “pódji? Naum, naum pódji”.

E é isto mesmo o que o governo do 28.º Estado brasileiro pretende impor, cavalgando a rapsódia da “língua universau”, a todos os portugueses e, à laia de apetitoso brinde, aos PALOP.

Sinais de obediência ao (deles) patronato brasileiro não faltam. A asquerosa bajulação ao “gigante” brasileiro — cada vez mais ostensiva — é publicamente exposta, com perversa e pervertida galhardia, pelos governantes portugueses (primeiro-ministro incluído), pelos homens-de-mão, agentes e idiotas úteis dos negócios faraónicos dos “caras” e até pelo “mais alto magistrado da nação”, um brasileirista convicto.

Começa a tornar-se “normal” que o Brasil — dono da língua — imponha à “terrinha” as “regras” da língua brasileira. Nisso consistiu, basicamente, o #AO90, mas ao que parece essa insuportável humilhação nacional ainda não chega aos brasileiristas portadores de passaporte português. Comparando com, por exemplo, os ditames brasileiros sobre a “linguagem inclusiva”, estas orientações dos novos “servidores” do Itamaraty em Portugal deveriam ao menos fazer soar alguma espécie de sinal de alarme, algures, num campus universitário, num qualquer campanário, como toque a rebate, ou, vá lá, num dos inúmeros grupos, grupinhos e grupelhos das redes anti-sociais que se dizem “contra” o estropício.

Mas parece que nem assim. Estupro deve ser menos do que estropício. Não há vagar. Está tudo a banhos.

[Agradecimentos a Paulo Martins pelo envio da imagem que está no topo deste “post”.]

WordPress (de) Portugal, WordPress (em) Português

Alguns já declararam o óbito e outros fizeram-lhe o enterro, mas ao que se vê essa espécie de gatos-pingados deveria dedicar-se a actividades mais lúdicas, por exemplo à pesca, ao crochet ou ao chinquilho: os “blogs” em geral e o WordPress em particular continuam de boa saúde. Essa é que é essa.

No caso da WordPress Portugal, uma (excelente) ferramenta anti-acordista já por tantas vezes aqui mencionada, tal e tão rica saúdinha vai dando cada vez mais sinais de verdadeira pujança. É o que muito claramente indica o evento agora anunciado para o próximo dia 17 de Novembro em Lisboa.

O surgimento das redes anti-sociais, Facebook, Twitter e os vários “derivados”, sucedâneos parcelares daqueles dois gigantones, parecia até há pouco tempo ameaçar os “blogs” — muitos milhares fecharam ou simplesmente desapareceram — e tornar-se monopolistas das atenções, dos meios e sobretudo das grandes massas de utilizadores que aderiram à comunicação virtual. Não apenas se volatilizaram imensos “blogs” de todos os tipos e feitios, como as próprias plataformas de alojamento e sistemas de criação (Livejournal, Blogspot e Blogger, e ainda, a nível tuga, a Sapo Blogs, entre outros) foram fechando “portas” ou entraram numa espécie de coma induzido… pelo “microblogging”, as ditas redes anti-sociais.

E assim, abreviando em extremo uma longa — se bem que muito rápida — história, à enxurrada que varreu os “blogs” acabou por resistir e escapar incólume aquele que sempre foi a mais fiável plataforma de alojamento, o sistema mais consistente e o programa mais intuitivo: o WordPress, precisamente.

Já se vão tornando evidentes sinais de exaustão por parte dos utilizadores das redes anti-sociais. O que aliás é compreensível: por regra, o Fakebook — mais governamentalmente instrumentalizado — e o Twitter — idem aspas, mas cheio de cavalgaduras particulares — não passam de antros pessimamente frequentados servindo para propaganda politiqueira, estupidificação em massa, desinformação oficial, conjuntamente governamental e privada. 

Portanto, mesmo sem entrar nos escorregadios atalhos da futurologia, não será difícil prever que os “blogs” voltarão a ocupar o seu lugar de natural supremacia e, por maioria de razões, o serviço mais adequado (e preparado) será então o WordPress. Acresce que, no caso do ramo português (em Português), essa experiência poderá representar um saudável regresso às origens, com o acréscimo de ali ter existido um referendo sobre o #AO90 (uma coisa a sério, não mais uma brincadeira dos do costume) e poderem portanto contar com um interface decente***.

A WP-PT é, para os utilizadores portugueses (e dos PALOP), uma garantia não apenas de qualidade como, principalmente, de coerência.

Coisa rara, como sabemos, e em especial nestes perigosos tempos de corrida aos armamentos da estupidez.

Hands-on: WordPress traduzido em português

Details

Neste meetup vamos mostrar como funciona a tradução do WordPress.

Falaremos sobre as melhores práticas para traduzir temas e plugins, que ferramentas podes utilizar, que dificuldades podes encontrar e como a comunidade te pode ajudar.

O meetup terá uma componente prática, se quiseres começar a traduzir algum tema ou plugin, traz o teu computador e participa!

Será apresentado por Pedro Mendonça, editor da tradução portuguesa do WordPress, contribuidor do GlotPress, autor de plugins relacionados com a tradução, designer e apaixonado por blocos a sério – LEGO.

O meetup realiza-se, graças à PTisp, na Sala Valmor do Hotel Príncipe Lisboa, junto ao metro de São Sebastião. [“Meetup“]

Continue reading “WordPress (de) Portugal, WordPress (em) Português”

Lápis azul nas redes anti-sociais [6]

In the vast majority of cases there was no trial, no report of the arrest. People simply disappeared, always during the night. Your name was removed from the registers, every record of everything you had ever done was wiped out, your one-time existence was denied and then forgotten. You were abolished, annihilated: vaporized was the usual word.
[‘1984’, George Orwell]

Livre arbítrio

Sobre as sucessivas camadas de ruínas, da 2.ª Grande Guerra à queda do Muro de Berlim, passando pela “crise dos mísseis” e pelo Vietname, uma nova ordem mundial emergiu, ainda mais refinadamente sórdida e ditatorial do que todas as autocracias, ditaduras ferozes e regimes sanguinários que a precederam: uma “nova” sociedade altamente vigiada, servida por uma miríade de “novas” forças repressoras, vários corpos de polícia política — travestida de “entidade reguladora” ou de outra coisa qualquer ou de coisa nenhuma — tendo por finalidade única o esmagamento da dissidência, a eliminação através da ostracização, a vaporização (no sentido orwelliano do termo) de tudo aquilo que escape ao mainstream politicamente correcto. Sendo já prática corrente, a demolição sistemática de todas e quaisquer referências, conteúdos ou simples opiniões que não obedeçam à “norma” vigente ou que extravasem as fronteiras do pensamento autorizado são agora — “legítima e democraticamente”, segundo os ditames da cartilha obrigatória — rastreadas por sistema e apagadas mais ou menos discretamente, sendo os seus autores tão vaporizados quanto aquilo que dizem, escrevem ou sequer pensam.

É disto que estamos a falar, é das consequências para a liberdade, os direitos e as garantias do indivíduo, quando referimos a “política” comummente aceite ou forçadamente tornada aceitável pela massa amorfa que resulta da propaganda compulsiva e do geral embrutecimento promovido pelos meios (media) ao dispor dos “donos disto tudo”.

Perante a geral — e altamente comprometida — complacência de todas as tribos partidárias, sem excepção, a “mão invisível” dos DDT, não apenas vigilante e repressora como também insidiosa e venenosa, actua em campos muito mais vastos do que as redes anti-sociais.

Por exemplo, estão de regresso os autos-de-fé — réplicas dos medievais, imitações dos da Alemanha nazi — com os respectivos acepipes e entradas, como as queimas de livros.

A WayBack Machine presta um inestimável serviço à comunidade cibernética, ou seja a todas as pessoas normais em todo o mundo.


Evidentemente, nestes novíssimos autos-de-fé estão incluídos os cortejos (procissões), com diversos andores, pendões e, sobretudo, imensos membros do clero ricamente paramentados — vulgo, “políticos” e “influenciadores” — conduzindo hereges e apóstatas ao suplício público (no alto de um monte, que pode ser de esterco).

Dependendo da inspiração (salvo seja) que tiverem na altura esbirros, algozes e carrascos, a delirante invenção de pretextos para a pretendida condenação do “pecador”, assim resultará o castigo mais adequado do perigosíssimo criminoso, na muito pouco ou nada douta sentença exarada pelo tribunal de sanha da inquisição.

Continue reading “Lápis azul nas redes anti-sociais [6]”